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A Palavra do Médium

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Minha família sempre foi espírita, mas por muito tempo eu frequentei a Igreja Católica, fiz Encontro de Adolescentes com Cristo e Crisma. 


Mas a influência espírita na minha vida me dava paz e acalanto, sentimentos que eu não encontrava na Igreja. 
Então, precisava encontrar uma casa espírita séria para desenvolver minha mediunidade e a mim como ser humano. 


Conheci a Gauisa em 2018, frequentava a assistência e me sentia em casa, acolhida. 


Até que finalmente em 2019 entrei para o corpo mediúnico e a cada dia aprendo o que é respeito, amor e cumplicidade. 


A evolução espiritual é uma caminhada longa e que sem a Casa de Caridade Gauisa não seria possível. Gratidão por todo carinho, ensinamento, dedicação e amor!


Viviane Maio

Quando pisei num terreiro de Umbanda, encontrei algo que eu nem sabia que existia dentro de mim, a fé.


No pior momento de minha vida, onde eu achava que havia perdido tudo, eu encontrei o acalanto no colo dos Orixás e das Entidades que me mostravam que a vida só estava começando.

Não sou o médium perfeito, estou em evolução constante. Tenho dúvidas, anseio por respostas, mas algo que jamais duvido é da minha fé.

Sei que mesmo com tantas porradas eu continuo intacto, pois tenho certeza de que os caminhos preparados para mim são infinitos. Infinitamente melhores do que aqueles que eu sonho.

Hoje, vivo pela fé. A fé me guia. Gratidão

 

Renato Duran

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Até Maio de 2019 eu nunca tinha ido em uma casa de umbanda, mas sempre tive muito respeito e curiosidade em conhecer uma. 

 

 Quem me levou para conhecer a casa, foi minha mãe. Ela estava passando por um momento difícil de ansiedade e depressão e em um sábado, eu fui ao ambulatório espiritual.


No dia seguinte, Gira de exu. Fui.


E lá me encontrei. Encontrei pessoas maravilhosas, com uma luz e energia tão boa que não deixaria de ir ao próximo domingo.


E assim foi. Comecei a ir todo domingo e me tornei médium da casa. 


Ir aos sábados para trabalhar no ambulatório e ter a gratidão das pessoas atendidas refletidas no olhar e nos abraços, não tem preço. 


Ir aos domingos e estar em contato com as entidades, sentir a energia do terreiro, pisar no nosso solo sagrado, são momentos que nunca pensei que pudesse passar e sentir.


Todo esse encontro se explicou em abril/2020, quando a minha mãe desencarnou.

 

Minha mãe me levou até essa casa de luz e amor, para que eu pudesse encontrar pessoas que me acolheriam, teria minha fé, que por tanto tempo ficou adormecida, para entender os desígnios de Deus. 


Foram tantas experiências, tantos momentos únicos, tantos abraços que confortaram o meu coração que não tenho como agradecer. Essa casa cheia de amor, os irmãos e irmãs, Mãe Márcia e Mãe Karla, meu coração é só gratidão.


Não vejo a hora de estarmos juntos novamente.

Paula Bottino

Em Abril de 2019 pisei no solo sagrado da Casa de Caridade Gauisa pela primeira vez.

Fui criada na Umbanda e nunca tive dúvidas de que essa era minha religião. Mas sabia que em algum momento o Universo iria me mostrar onde seria o meu lugar.

 

Fui convidada para a festa de Ogum, mas estava passando por um momento difícil, com depressão e crises de pânico e não fui.

 

Na semana seguinte uma irmã da casa passou meu telefone para Mãe Márcia, que conversou e se interessou por tudo que eu passava e me convidou para conhecer o Ambulatório. Era uma quarta-feira e me senti abençoada pela oportunidade de estar naquele local, sendo cuidada e sentindo todo o amor de Mãe Karla. Continuei o tratamento e na primeira gira seguinte era a festa dos amados Pretos Velhos.

 

Era um misto de emoção, alegria, de querer ficar ali! Nesse dia pedi a Mãe Karla que perguntasse a Pai Joaquim se me autorizava a participar das sessões de desenvolvimento e, com sua resposta positiva, cheguei em casa feliz como criança.

 

Hoje minha vida mudou pra melhor, porque a magia do autoconhecimento e da alegria de poder ajudar a todos que procuram o ambulatório, me mostraram que a cada dia podemos ser melhores.

 

Todo meu Amor e Gratidão à Casa de Caridade Gauisa. ❤️

Cris Rocha

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Eu já tenho um caminho na umbanda desde os meus 14 anos, quando ingressei em uma casa, com a minha mãe como médium.


Quando conheci o marido, ainda enquanto namorávamos, fomos, a convite de uma amiga - e madrinha de casamento - conhecer a primeira casa em que adentramos como médium, juntos.


Mas foi em 2018, a convite da Carolina, que fomos conhecer a Casa de Caridade Gauísa, que estava inaugurando a casa nova, na Gonzaga Bastos.


A gira, na ocasião, era de Exu. E logo no início, nos emocionamos com o som dos atabaques, com a potência vocal e a energia da egrégora de todos os médiuns da casa. Nunca tínhamos vivido aquela experiência.


Mais de um ano depois, sentimos saudades e fomos a uma gira já na casa atual, na rua São Miguel. Era uma gira de preto velho e tivemos a honra de receber o abraço e o acolhimento de Pai Joaquim. Aquele olhar amoroso, paciente, e que transmite o maior amor do mundo, nunca tivemos tido antes. Dá vontade de chorar só de lembrar.


Pouco depois dessa visita, André entrou como médium da casa. E eu, cerca de 6 meses depois. Fiquei este período na assistência, todo santo domingo, sentindo aquela energia toda.
Até que o velhinho mais amoroso de todos, nosso amado Pai Joaquim, me deu o prazo final: em janeiro você tem que estar aqui.


E, vai fazer um ano que faço parte da corrente dessa casa maravilhosa, da qual tenho muito orgulho e amor de pertencer.


Todo o amor que, nós, como médiuns, recebemos, podemos também, através não só da reforma íntima, mas poder doar para todos os irmãos que procuram a casa e que estejam precisando de um acolhimento espiritual, assim como nós recebemos.

Luana Zanelli

Eu aceitei um convite para conhecer a casa.

 

Estava há muitos anos desconectada dessa parte espiritual.

 

E foi assim, de pronto, bastou uma sessão para perceber que ali teria uma longa história de amor.

 

Ao pisar naquele solo sagrado, senti a alegria da Mariazinha da Praia e com as lágrimas da Oxum tive a confirmação de que enfim tinha encontrado depois de 20 anos afastada da Umbanda, uma nova família, cercada de pessoas maravilhosas, afinando com toda a egrégora.

 

Logo depois fui apresentada ao ambulatório e quando eu entrei naquele quarto, ainda era 1 ambiente, eu compreendi o porquê eu estava ali. Fiquei encantada com a energia, cheiro, luzes, acolhimento e AMOR.

Ah, o amor,  notadamente é o que rege tudo e a todos por ali.

 

E é assim, que seguimos a cada dia, a cada gesto e palavra da nossa zeladora e do nosso Pai Joaquim, que o amor é o caminho sempre.

Isabela Noleto

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Falar de Gauisa é falar de união, luz e amor.


Começo o meu depoimento agradecendo ao Universo por me permitir conhecer esta casa. A pouco mais de 1 ano sou filha e frequentei na assistência seis meses. 


Escolhi a umbanda ainda criança por influência familiar e sempre estive de roupa branca. Conhecer Gauisa foi como reencontrar o real sentido da umbanda. Respeitar a nossa ancestralidade, o Chão,  o Ar, os mais Velhos, elementos de cada Orixá e além dos Guias. 


Dessa forma eu me encontrei e fiquei completa quando comecei a fazer parte do Ambulatório Espiritual.

 

Somos uma corrente forte que semeia o amor em cada irmão, paciente. Ser parte desta família é perceber que estou realmente no caminho e seguindo um propósito muito maior.

 
Gauisa é acolhimento, luz e muito Axé. 

A benção Pai Joaquim, Mães Márcia e Karla, Pai Mayombe, Madrinha Isabela, e a todos os meus irmãos.

Ana Carolina Lins

Antes de eu ser umbandista, eu me negava em acreditar em Deus, eu não podia conceber que Deus é esse ser sádico, que vê tudo e não faz nada, eu não poderia aceitar que Deus castiga e não via respostas que me explicassem quem é Deus, mas sempre tive a certeza de que a fé, qualquer que fosse, era essencial para a humanidade, a fé cura.

 

 

Hoje a umbanda, mais precisamente a Casa de Caridade Gauisa me trás diversas reflexões sobre a nossas crenças, sobre o que realmente é essencial na vida, o amor, a fé, seja em Jesus, seja nos Orixás, seja em mestres ascensionados, eu só preciso que essa representação da minha fé seja a bondade, seja pautada no amor.

 

 

Eu agradeço a Casa e a você mãe Márcia por me permitir que eu veja além do nosso terreiro e me permita buscar conhecimento. Quando eu ouvi da mãe Márcia a seguinte frase "A fé não pode ser cega.", alí eu percebi que eu estava em um lugar seguro onde meus questionamentos não seriam reprimidos.

 

Gratidão imensa por nos instigar TODOS os dias a estudarmos e buscarmos repostas para nossos caminhos e quando digo resposta, esse vídeo é um deles, mas eu sei que você inspira muito mais que isso, pelo menos a mim. 

 

Eu não poderia estar em outro lugar que não onde eu estou, na Casa de Caridade Gauisa.

 

Te Amo! Obrigada por tudo! ❤️

Ana Paula Okuti

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Mãe, hoje faço 1 ano no corpo mediúnico de Gauisa.

Há um ano estava indo ao meu primeiro desenvolvimento teórico. Que a senhora me convidou, assim meio do nada kkkkkk, e eu faltei um ou dois antes deste, e neste dia resolvi ir, com uma mistura de sentimentos de medo, de alegria, emoção, gratidão e vergonha rsrsrsr.

Te perguntei um dia, só para saber, como que funcionava para entrar para o desenvolvimento e a senhora me disse para eu ir. Eu nem havia falado com PJ ainda, gente! Minha cara foi no chão de tanta vergonha hahahaha mas hoje eu só sei agradecer!

 

Eu sou tão grata por ter encontrado vocês, por terem me acolhido e estarem comigo nessa vida. E em outras, mas estamos nessa então 😝😝😝

 

Gratidão demais, por tudo!

Por todos os dias!

Por cada segundo!

Cada aprendizado, cada "puxão de orelha", cada lágrima e cada risada. Cada olhar rsrsrs.

 

Eu não posso descrever o quanto me sinto sortuda e honrada por estar nessa família!

Por ter encontrado essa família espiritual!

Por ter os padrinhos mais incríveis que eu poderia ter escolhido para este momento... Thainá e Erik!❤️

 

Sou só gratidão !!!!

Vocês são a família que eu nem pedi a Deus, mas que Ele me deu!

Eu amo você!!!!!

Minha mãezinha 🤍

Luiza Motta

Sou médium há 28 anos, mas minha mãe de santo havia falecido e estava a procura de uma casa, sem muito sucesso em minha busca!

Foram longos 10 anos de procura!

Sempre rogando a Pai Oxalá, entidades e mentores que quando eu encontrasse/chegasse na casa em que eu deveria continuar minha jornada na Umbanda, eles me dessem um sinal.

Como não existem coincidências...

Há 9 anos, no dia de meu Pai Ogum, nascia a Casa de Caridade Gauisa!

Minha história de amor com Gauisa começou hà 5 anos...

Cheguei nessa casa tão iluminada e abençoada, que na época ainda era na Gonzaga Bastos; acompanhada de minha família, que nessa ocasião estava em cacos, todos emocionalmente destruídos, em vias de desespero, cheios de problemas, minha filha mais velha, sofrendo bullying na escola, a beira da depressão, eu e meu marido com problemas no trabalho, tirando meu filho caçula que era o menos pior, nós chorávamos dia e noite e não dormíamos, a tristeza havia tomado conta de nossa família, o mundo desabando sobre nossas cabeças...

Enfim, chegamos de joelhos na casa, suplicando por ajuda...

É indescritível tamanho acolhimento que recebemos, ninguém nos conhecia, mas sentimos uma paz tão grande ao pisar nesta Casa, parecia que estavam nos colocando no colo!

Era uma festa de Exu, na fila dos abraços “coincidentemente” o exu da vez era Rosa Caveira! Sem que falássemos nada, ela disparou a falar para cada um de nós o problema que afligia. Até que chegou a vez do meu marido, o mais cético da família, e ela falou de uma dor que ele sentia e não havia falado para ninguém!

Pronto! Não tive apenas um sinal; tive todos e mais alguns! Não tinha como duvidar! Havia encontrado a casa que tanto buscava!

Na época, o atendimento no ambulatório estava começando!

Eu e minha família, passamos por vários atendimentos!

Paralelo a isso, sempre pude contar com o amparo de Mãe Márcia, que imediatamente começou a tratar de minha filha, e do colo e palavras confortantes de Pai Joaquim, hj meu padrinho.

Minha família voltou à normalidade, minha filha se recuperou, se tornou uma linda jovem de 18 anos, segura de seus passos e muito feliz!

Eu?

Bem, eu hj sou Yaô e médium de trabalho da Casa, meu filho faz parte dos Ogãs e minha filha integra o corpo mediúnico!

Trabalho no ambulatório e procuro retribuir um pouco de todo o amor e acolhimento que recebi qd cheguei à Gauisa!

Então, de 5 anos para cá, dia 23 de Abril é dia de dobrar os meus joelhos, bater minha cabeça e agradecer ao universo o grande presente e privilégio que tivemos de termos essa Casa maravilhosa em nossos caminhos!

Crescemos! Mudamos de Casa!

Nossa família aumentou bastante, agora temos dois ambulatórios...

Só uma coisa não mudou: A alegria, o orgulho e o amor que tenho de fazer parte dessa enorme família chamada Gauisa, dos irmãos maravilhosos que essa casa me deu e do amor, respeito e união que temos uns pelos outros, de termos uma mãe tão abençoada, querida e dedicada, Marcia Fernandes Cervela, uma outra mãe, dona de um sorriso lindo e com palavras tão iluminadas quanto ela, Karla Lemos.

E a cerejinha do bolo: nosso mentor, dirigente da casa, mestre e meu amado padrinho, Pai Joaquim das Almas, que sempre nos ensina que, aconteça o que acontecer, estejamos onde estivermos, O AMOR SEMPRE FOI E SEMPRE SERÁ O CAMINHO!

Gauisa, meu solo e templo sagrado!

Legna Rebechi

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Acredito que grande maioria das pessoas que procuram auxílio, seja ele numa igreja ou num centro espírita ou num terreiro, ou seja lá onde for, procura por que de fato vive um momento difícil e já não sabe pra onde mais correr, não sabe mais pra onde ir.

É geralmente pela dor que chegamos a estes locais.

E eu naquela época, início de 2018, estava vivendo um momento difícil, uma dificuldade financeira enorme, a cabeça completamente confusa e descrente.

E foi buscando me encontrar que conheci a Gauisa, Domingo 25 de fevereiro de 2018, Gira de Exu.

Eu não fazia a menor ideia de como me vestir, então coloquei a melhor roupa que tinha, não me atentei as cores, e só fui perceber que estava todo de preto quando vi todos de branco.

Ao chegar naquele local eu sentia algo que não sabia explicar, uma energia que nunca tinha sentido antes, eu olhava ao redor e via aquelas pessoas vestindo seu branco com tanta satisfação, abraços, beijos e sorrisos, não entendia...

E me perguntava: "Será que só eu sou o problemático aqui? Será que ninguém aqui passa por dificuldades e problemas?"

Fui tomado por uma vibração estranha, que me fazia ter vontade de ir embora o tempo inteiro, um tremor e calafrio que passava por todo meu corpo.

Cheguei a cogitar a ideia de ir embora com uma amiga, filha da casa, que havia me convidado. Mas ela me orientou a esperar, dizendo que era assim mesmo.

Fui informado que seria gira de Exu somente quando cheguei, e minha cabeça cheia de ignorância e preconceito começou a criar situações sinistras na minha mente, coisas do imaginário preconceituoso de quem não conhece a religião.

Lembro de ter pego uma ficha de atendimento, e nela estava o nome da entidade que iria me atender: Zé Pilintra.

Ao ler aquilo, fiquei mais assustado ainda, afinal sempre ouvimos falar mal dessas entidades, e aquilo me apavorava.

Quando a porteira do terreiro foi aberta para que os consulentes pudessem adentrar, eu me deparo com aquela cena, um lugar lindo, cheio de luz, com pessoas radiantes, a maioria de branco, outras com as vestimentas apropriadas para aquela sessão, a energia que eu sentia se intensificou lá dentro, e eu me sentia uma vara de bambu na tremedeira.

Na minha cabeça vinham os medos da ignorância, o preconceito, mas ao mesmo tempo, instantaneamente, tudo isso era quebrado e desfeito.

Ao soar do primeiro toque no atabaque, a toada dos médiuns em uma só voz, toda aquela força energética circulando, e uma mulher, vestida de preto, com um defumador na mão, vem em minha direção, lançando aquela fumaça de ervas em brasa na minha direção. No mesmo momento todos os meus medos, minha insegurança e até a tremedeira cessaram.

Eu me senti abraçado, confortado e queria mais.

A cada ponto, a cada oração, eu me enchia daquela energia, de um sentimento que não sentia a tempos.

A consulta foi melhor do que eu podia imaginar, totalmente diferente do folclore do preconceito.

Pude finalmente entender de onde vinha aquela felicidade do povo antes de começar a gira. Não é que eles não tenham problemas ou dificuldades, todos nós temos, cada qual com sua intensidade e proporção. Mas estar ali, podendo comungar toda aquela energia com os irmãos, em poder oferecer o melhor de si para pessoas desconhecidas, era o que gerava esses sorrisos.

E ao terminar a sessão eu só desejava saber uma coisa: 

Quando é a próxima gira?

Bruno Bonafé

Maio de 2018. Um domingo. O terreiro estava lindamente ornamentado com vasinhos de margaridas e um aroma de defumador pairava no ar. Descobri que era dia de festa. Festa em homenagem aos pretos velhos. Um dia bastante convidativo para a minha "primeira vez na GAUISA".

 

Às cinco horas em ponto, começaram a cantar os pontos de abertura da gira e meu coração disparou. Aquele grupo vestido de branco, os doces dispostos no chão em oferenda aos pretos velhos, o cheiro do defumador que inebriava os sentidos, o som das batidas do atabaque... Ahhh os atabaques, nunca tinha visto nada igual... A cada batida mais forte do atabaque, sentia meu coração acelerar mais.

 

Logo pude ver minha amiga Renata dentro do terreiro e a surpresa dela quando me viu. Tantas vezes ela havia me convidado para conhecer a GAUISA...

Então, sentada na assistência, enquanto os médiuns nos ofereciam os doces da festa, uma moça (a querida mãe Karla) me chamou e pediu que eu entrasse com ela no terreiro. Era um chamado de Pai Joaquim das Almas, o mentor espiritual da casa.

 

Com o coração na boca e as pernas trêmulas, ajoelhei em frente à Pai Joaquim e ouvi a frase mais acolhedora que precisava naquele momento:  "Filha, acalme seu coração". E, sem dizer mais nada, me entregou um terço. Foi emoção instantânea e logo as lágrimas escorreram fácil no meu rosto.

 

Pronto. Terminava ali a minha busca. As noites mal dormidas pensando onde acharia um lugar que me acolhesse, que eu me identificasse e que, finalmente, eu pudesse fazer parte.

A partir daquele dia, senti acender em mim a chama do amor, esse amor que Pai Joaquim tanto prega e nos ensina, que diz " o Amor é o caminho".

 

Em julho do mesmo ano, por sugestão de Pai Cipriano (guia espiritual da querida Juliana), comecei a participar das sessões de desenvolvimento e, em setembro, já participava da minha primeira gira como membro do corpo mediúnico. Assim teve início a minha caminhada espiritual na umbanda.

 

Dois anos se passaram e o orgulho de fazer parte dessa irmandade cresce mais a cada encontro de trabalho, seja ele nas giras, nos atendimentos do ambulatório espiritual ou nos simples afazeres da casa.

Com muita gratidão e sob a orientação cuidadosa e generosa da nossa amada mãe Marcia, sigo humildemente aprendendo e me desenvolvendo, agora como médium de trabalho, a exercer a caridade com aquele que é o mais nobre e puro dos sentimentos, o AMOR.

 

Gratidão, Pai Joaquim!

Gratidão, mãe Marcia, mãe Karla e Pai Mayombe!

Gratidão, meus irmãos!

 

Alessandra Vanzillotta

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