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Assentamentos e Firmezas

Dentro do espaço físico de uma Casa Espírita temos alguns locais sagrados. Esses locais são fontes de captação, de transmutação, de geração, de canalização, de fixação, de comunicação e de dispersão de energias.


Tudo que circula esse espaço Sagrado é energia. Energia de encarnados, desencarnados, de elementos, de objetos e de sentimentos.


Manter tudo isso em harmonia requer dedicação, disposição e alguns procedimentos.


Chamamos esses pontos de energia de firmeza ou assentamentos.


A quantidade desses locais vai depender muito do espaço físico. Da forma mais simples, dois locais são necessários. Um fora e outro dentro da Casa, independente do seu tamanho físico.

Se a Casa não tiver muito espaço físico, um local de força pode estar no Gongá e o outro do lado de fora.


Sabemos, também, que cada Casa de Umbanda segue a orientação do Guia Chefe. Só ele sabe das reais necessidades de cada Casa, o que fazer e como fazer. Normalmente, tudo é explicado e ensinado aos filhos da Casa.


Nossa Casa começou bem pequena. Num cômodo com 40 metros quadrados. O primeiro ponto de energia foi da Entidade Chefe da Casa – Pai Joaquim das Almas.


Aí veio o primeiro ensinamento. Qual a diferença entre firmeza e assentamento. Tem diferença? Quando fazemos uma e quando fazemos a outra?


De forma bem resumida podemos dizer que:


Firmeza: É uma força ou poder firmado de forma temporária. A força das entidades e dos Orixás.


Assentamento: É a força ou o poder assentado. Semeada, plantada, fixada no solo ou em um recipiente de louça ou barro. É o poder divino e a força dos Orixás, de uma falange ou de alguma entidade.


Vamos explicar melhor isso.


FIRMEZA


Firmamos uma força quando, por exemplo, acendemos uma vela, essa é a maneira mais simples de firmar uma força. De estabelecer uma comunicação uma canalização de energia temporária.


Ao acender tal vela, porém, há de se ter fé e força mental. Esse ato deve vir com força e convicção do íntimo, do contrário é apenas e tão somente um movimento mecânico.


Dessa forma, podemos dizemos que ali, naquela vela, naquela ação, uma força está firmada. Uma entidade está atuando e vibrando sua energia para um determinado objetivo. Firmar a força significa que ela vai vibrar, vai reverberar e se multiplicar enquanto a vela estiver acesa, finalizando sua tarefa quando a vela se apagar.


É importante dizer que a vela é um recurso para promover o encontro, a ligação com o Orixá ou com o Guia Espiritual.


Potencializamos a firmeza quando acendemos a vela e quando fazemos outras associações tais como: a cor da vela, elementos minerais, favas, imagens, pontos riscados, fitas entre outras coisas. Todos esses elementos devem estar relacionados ao Orixá ou ao guia da firmeza que estiver sendo firmado.


Assim, firmeza é quando estabelecemos um vínculo de força, proteção, amparo, coragem e consolo através da nossa fé.


Firmeza é algo provisório, enquanto a vela estiver acessa e o propósito mantido mentalmente, ali estará a força invocada.


Uma das firmezas mais importante na Umbanda é a “Firmeza de Anjo de

Guarda”, que pode ser seu guardião-protetor, seu mentor ou Orixá, também pode e deve ser invocada sempre que houver necessidade.


ASSENTAMENTO


Assentamento é a força Superior plantada, enraizada, fundida semeada numa Casa de Umbanda.


O assentamento é uma estrutura de força para dar sustentação e base ao trabalho espiritual de uma Casa de Umbanda.


A diferença entre “força firmada” e “força assentada” é que a força assentada é PERMANENTE. Isto quer dizer que, mesmo que a vela, elementos ou outros objetos não forem acionados, O ASSENTAMENTO CONTINUARÁ VIVO E ATUANTE POR CONTA DA SUA ESTRUTURA.


Uma Casa pode ter vários assentamentos, os mais comuns são:


Assentamento do Guia Chefe - Central

Assentamentos de Orixás ou Linhas

Assentamentos dos Orixás do Zelador e Zeladores (Pessoal)

Assentamentos dos Guardiões (Tronqueira)


Os assentamentos são feitos com elementos da natureza que representam a força vital do Orixá ou da entidade Chefe da Casa Umbanda.

Normalmente são feitos no Gongá, no centro ou nos quatro cantos do terreiro e, também, na casa dos guardiões. Tudo vai depender do tamanho da Casa. É no altar que normalmente se faz o assentamento do Orixá de frente do dirigente encarnado.


Por se tratar de um procedimento com muitos fundamentos, muitos dirigentes novos, procuram outros sacerdotes, mais experientes, para preparar esses assentamentos. Consideramos isso um grande erro.


É preciso pedir orientação ao Guia Chefe da Casa, para que ele determine quantos e quais os assentamentos que serão necessários. Cada Casa tem um propósito, uma missão a ser desenvolvida e os assentamentos devem ser feitos seguindo esse pensamento e essa necessidade.


Tudo dentro da Umbanda deve ser muito simples, por isso, mais vale um assentamento singelo do que um cheio de elementos sem nenhuma afinidade e propósito.


O importante é o ensinamento que é dado pelo Guia Chefe, mostrando e explicando a finalidade de cada elemento utilizado. Para montar um assentamento é preciso uma atmosfera de amor, verdade, fé e humildade diante de toda a energia Sagrada que envolve esse momento.


Aprender que “ninguém assenta fora o que não está assentado dentro”. Se não houver sentimentos puros e nobres, só juntaremos elementos e depositaremos em um recipiente.


Em nossa Casa temos o assentamento Central do Guia Chefe – Pai Joaquim das Almas. Um canal divino, semeado no chão entre raízes, terras, minerais, sementes e dezenas de cristais, cada um com sua função. Uma verdadeira fonte inesgotável de força espiritual divina.



 
 
 
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Casa de Caridade Gauisa 
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