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O que é Contra-Egum?

Atualizado: 8 de abr. de 2021

Contra-egum é um traçado de palha da Costa que tem como objetivo principal proteger, dar segurança, livrar o médium, principalmente iniciante das energias negativas.

Para entender um pouco mais, precisamos entender o que é ”egum”.


Egum (do iorubá egun) é um termo das religiões de matriz africana que designa a alma ou espírito de qualquer pessoa falecida, iniciada ou não. Nesse ponto, difere da palavra egungum, que se refere a espíritos de homens importantes iniciados nessas religiões.


Então, podemos concluir que o ”contra-egum“ nos protege com espíritos que já foram falecidas? Complexo o assunto, pois sabemos que alguns de nossos guias e mentores já foram pessoas que já vivenciaram experiência da matéria.


Na Umbanda, na nossa Casa, o contra-egum, tem a função de proteger o médium de ataques de energia negativas, principalmente em algumas situações, como: doenças físicas ou psíquicas de origem espirituais, recolhimentos espirituais, procedimentos de camarinha, trabalhos espirituais que precisem ser feitos em locais carregados de sentimentos ruins como ódio, rancor, vingança, inveja, soberba e outros.


Também é muito importante falar da sua matéria prima. A palha da costa, Ìkó, é a fibra de ráfia que é extraída de uma palmeira chamada Igí-ògòrò, pelo povo africano. Esta palha trançada, chama-se Ikan, popularmente também conhecida como “contra-egum" pelos leigos e até mesmo pelo povo de santo.


A ”Palha da Costa“ é um elemento magístico, amplamente usada nas Casas de Umbanda. Colocamos nas guias, em roupas, na montagem das quartinhas, em adornos e nos assessórios.


É utilizada por todos os Orixás, mas tem um significado especial e com muito fundamento para o Orixá Obaluaê/Omulú.


As palhas de Obaluaê/Omulú representam a eternidade e transcendência, como prova da imortalidade e reencarnação.


Na nossa Casa, o contra-egum também é muito utilizado. Normalmente é feito pelo médium ou médiuns que irão fazer uso dele.


Enquanto o médium prepara a palha sagrada, separa e trança, ele vai mentalizando as vibrações positivas e vai transformando aquele objeto num “elemento sagrado”.


Utilizará esse elemento sagrado respeitando as orientações do Mentor da Casa ou de qualquer outra entidade.


O mentor ou as entidades também “preparam o contra-egum”, imantando e energizando e podem, ainda, utilizar para isso diversos elementos tais como: pemba, dendê, azeite, cachaça, guizos, búzios e etc.


Chamamos de contra-egum o trançado de palha que utilizamos nos braços, o que usamos nas pernas é chamado de chaorô (SAORÓ) que, também, pertence a Obaluaê (nesse podemos utilizar um guizo preso, pois seu barulho espanta os eguns) e o usado na cintura chamamos de umbigueira, e está ligado ao Orixá Oxum, senhora da fertilidade.


Como todo elemento magístico (que se “tornou sagrado”), o contra-egum que tem uma função específica dentro dos rituais da nossa religião, e só deve ser usado em determinadas situações, com a orientação orientação de uma entidade, e sempre com o máximo respeito.


Cada um de nós pode escolher a religião que desejar. Somos todos livres e não devemos ”julgar“ a religião do outro. Podemos até não seguir nenhuma, e não acreditar em nada. Contudo, uma vez escolhida, devemos estudá-la, vivenciá-la, compreender seus fundamentos e seus rituais e praticá-la sempre com muito amor, respeito e honra.

 
 
 
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